AssCom Dourado

Por Fagner Oliveira — Cuiabá

Em um cenário onde déficits e dívidas milionárias são comuns entre os principais clubes do país, o Cuiabá tem motivos de sobra para comemorar fora de campo.

Segundo levantamento do ge, com base nos demonstrativos contábeis de 2024, o clube registrou o segundo maior superavit financeiro do futebol brasileiro, ficando atrás apenas do Palmeiras.

Após disputar dois anos seguidos a Série B, o Dourado jogou quatro temporadas na Série A e realizou vendas expressivas de jogadores, o que ajudou o time a fechar a temporada com as contas no azul.

Superávit e déficit dos clubes brasileiros em 2024 — Foto: Arte ge

Em termos de arrecadação, o clube também se consolidou como uma força emergente: foi a 17ª maior receita do futebol brasileiro, com R$ 218,8 milhões gerados no ano, incluindo receitas operacionais, financeiras e outras fontes.

Dívida sob controle

O equilíbrio financeiro do Cuiabá também se reflete no baixo nível de endividamento. O clube encerrou o ano com um passivo total acumulado de R$ 36,7 milhões, somando dívidas de curto (circulante) e longo prazo (não circulante).

Além disso, o Dourado tem cerca de R$ 40 milhões a receber de quatro grandes clubes: Corinthians, Santos, Grêmio e Atlético-MG. Os valores se referem a negociações anteriores de atletas — e juntos, representam uma entrada significativa prevista para os próximos anos.

Elenco do Cuiabá no CT Manoel Dresch — Foto: AssCom Dourado

Cenário em 2025

O Cuiabá contratou 21 jogadores, e apenas Léo Ataíde teve os direitos adquiridos pelo time mato-grossense junto ao Athletico Paranaense. A maior parte dos demais jogadores chegou livre de contrato ou por empréstimo sem envolver grandes cifras.

A arrecadação também deve ser menor por conta dos direitos de televisão, que são reduzidos com a queda da Primeira para a Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro.

O Cuiabá ainda não vendeu nenhum jogador, apesar de haver sondagens por atletas do elenco, como Nathan, Mateusinho e Denilson. Além disso, o clube está há mais de sete meses sem patrocínio master — apenas Amazonas e Cuiabá não possuem patrocinador master na Série B.