quarta-feira, 8 de maio de 2024

Polícia Civil

Por: G1 MT

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Estado de Meio Ambiente (Dema), cumpriu, nessa segunda-feira (3), quatro mandados de busca e apreensão para combater crimes contra a administração pública ambiental e corrupção ativa, em Cuiabá, durante a “Operação Mandare”. Na ação, um engenheiro florestal, que não teve a identidade divulgada, foi preso por corrupção.

Segundo a Polícia Civil, foram cumpridas quatro ordens de busca e apreensão em dois em escritórios de engenharia florestal e em um residencial e, durante a operação, o engenheiro foi preso preventivamente.

Na ação, também foram apreendidos aparelhos celulares, computadores, hardware, além de documentos necessários à investigação, que está andamento.

Investigação
Em março deste ano, a Dema recebeu denúncias sobre um engenheiro florestal que tentava agregar servidores lotados no Setor de Cadastro Ambiental Rural, da Secretaria do Estado do Meio Ambiente (Sema), oferecendo propina para que fosse aprovado, com prioridade, um Projeto de Regularização Ambiental (PRA).

De acordo com a Polícia, o engenheiro dizia que faria o acompanhamento do processo até à aprovação e sugeria que outras situações fossem apresentadas, dando possibilidade de pagamento de valores mais robustos. Diante das informações recebidas e com a colaboração do servidor da Sema, os policiais civis passaram a apurar os fatos.

Ainda conforme as investigações, indícios apontavam que o pano de fundo da proposta de vantagem de R$ 4 mil, que realizada pelo engenheiro florestal, foi oferecida ao servidor da Sema, na última semana, para a regularização de uma das propriedades suspensas durante a “Operação Polygonum”, em 2018.

Na época, o Cadastros Ambientais Rurais de Mato Grosso (CAR) da propriedade foi aprovado indevidamente por funcionário público que responde judicialmente por corrupção passiva, entre outros crimes.

A fraude envolvendo a propriedade é objeto de outro inquérito em andamento na Dema, onde o proprietário da área rural e um engenheiro florestal, que atuava no período da deflagração da Polygonum, foram indiciados por prestar informações falsas em processo administrativo ambiental.

Ainda segundo a polícia, um outro engenheiro florestal foi contratado para buscar aprovação do CAR da propriedade. Mas, foram encontrados indícios de violação de embargo e de outras condutas ilícitas envolvendo a exploração da área, na qual o engenheiro ofereceu propina para que o atual analista da Sema aprovasse o Projeto de Regularização Ambiental (PRA).

Operação
Mandare faz referência à expressão em latim que significa cadastro, em analogia ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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